Elaboração e Gestão de Projetos Culturais

É possível empreender no ramo da fotografia?

Aquele antigo pensamento sobre quem é artista, de que não precisa se preocupar com o retorno financeiro, não se aplica àqueles que buscam conquistar o seu próprio empreendimento. O mercado do empreendedorismo fotográfico cresce cada vez mais e se destacar se torna um desafio.

O Festival Mês da Fotografia surge com o propósito de impulsionar aqueles que buscam emergir dentro da área das artes visuais. Em sua décima edição, é reforçado a necessidade de entender o que é economia criativa e como ela pode ser aplicada no seu negócio.

O QUE É ECONOMIA CRIATIVA?

A Economia Criativa é um conceito utilizado para descrever modelos de negócios e estratégias de gestão que surgem a partir do conhecimento, criatividade e capital intelectual de indivíduos, visando a geração de trabalho e renda.

Ao contrário da economia tradicional, que se concentra em setores como manufatura, agricultura e comércio, a economia criativa foca no potencial individual ou coletivo para criar e oferecer bens e serviços criativos. As atividades nesse setor são baseadas no conhecimento e resultam na produção de bens tangíveis e intangíveis, com um caráter intelectual e artístico, agregando conteúdo criativo e valor econômico.

DA IMAGEM AO NEGÓCIO

Celso Jr. (@celsojunior.galeria), fotojornalista e empresário, relata que empreender é uma jornada diária e árdua. “É um mercado competitivo e que não tem como ficar esperando que alguém entre na galeria atrás de uma obra sua. Tem que correr atrás diariamente!”, diz o fotógrafo.

Em meio da pandemia, isolado e sem agenda de trabalho, Celso viu uma oportunidade de empreendimento. Sua grande aposta foram as rede sociais, na qual gerou demandas e investimentos para que o sonho de ter seu próprio espaço físico se tornasse realidade. “O investimento era alto, mais senti que era o momento! […] Assim, inauguramos o espaço em outubro de 2022 e atualmente vivo um momento profissional que é a concretização de um sonho!”, completou Celso.

Já no caso do fotógrafo Ivaldo Cavalcanti, que tinha uma necessidade de resguardar suas exposições pessoais, transformou um projeto individual em um espaço cultural para sua comunidade. Assim, nasceu a Galeria Olho De Águia (@galeria_olho_de_aguiaoficial2).

 

Desde 2002, Ivaldo possibilita que artistas independentes utilizem a galeria para expor suas obras, executem suas artes tanto visuais, quanto sonoras. Nas terças, músicos de toda região podem se inscrever para apresentar até três músicas no palco Caverna. Nas quartas é possível prestigiar três documentários selecionados. Às quintas-feiras, a programação é dedicada para apresentações de Jazz e Blues.

Celso alerta os novos empreendedores fotográficos que é necessário entender o seu mercado, conhecer os seus concorrentes e o seu público-alvo, e criar estratégias para se conectar a ele. “Tenha atitude, resiliência e estude sempre! A perfeição (que não existe) só é possível com o domínio da técnica e o dom!” completou o galerista.

Já para Ivaldo é preciso dedicação e ser positivo, “pois a fotografia tem dezenas de frentes criativas para ser realizadas”.

SOBRE O PITCH DAY

Em parceria com a Universidade Católica de Brasília (UCB), o Festival Mês da Fotografia realiza nesta edição o Programa de Pré-Aceleração de Novos Negócios Culturais. A iniciativa planeja potencializar novos negócios, com mentorias e desenvolvimento de planos de negócios, unindo profissionais e empreendedores do Distrito Federal, para construção de um  processo progressivo de integração entre pessoas, iniciativas, startups, investidores e empresários.

Fonte: Dilvulgação Festival Mês da fotografia.

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